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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desenvolvimento sustentado (2)



















Comunicação de Raul Figueiredo nas Jornadas Autárquicas (continuação)



Foi com o 25 de Abril, que alguns querem votar ao esquecimento, que Portugal saltou e pulou. Uma data histórica em que o povo unido em torno dos militares de Abril, operou grandes e profundas transformações no nosso Pais.
A reforma agrária e o movimento cooperativo, as nacionalizações da banca e dos seguros, a liberdade conquistada e o direito de livre associação e reunião, o direito à greve e manifestação, a criação de sindicatos livres e democráticos, a contratação colectiva e o trabalho com direitos, a educação e saúde para todos, o direito a usufruir do desporto e da cultura, os melhores salários e os apoios sociais, o direito a ter uma reforma ou uma pensão, as eleições livres e a aprovação da primeira Constituição democrática e progressista, o poder local democrático, ainda hoje o principal motor do desenvolvimento do Pais e das regiões.
Estas são as principais conquistas de Abril que os governos do PS, PSD e CDS, teimaram e teimam em destruir, ao longo de mais de 30 anos de políticas de direita que aos poucos fizeram renascer e reagrupar os grandes grupos económicos e financeiros, alguns dos quais verdadeiros sustentáculos da ditadura de Salazar e Caetano, durante quase 50 anos.
Em Alpiarça, comunistas e democratas sem partido, arregaçaram as mangas e deitaram mãos à obra. 
Estava quase tudo por fazer.

 
Esse foi o grande e empolgante desafio da Comissão Administrativa que tomou conta dos destinos da nossa terra, ainda antes das primeiras eleições para os Órgãos Autárquicos. Lembro-me, a propósito, das histórias verdadeiras que o Álvaro Brazileiro, o Joaquim Matias e outros camaradas contavam quando recordavam esses momentos difíceis, em que no fim do mês havia o risco de não haver dinheiro para pagar salários, coisa que nunca sucedeu, por empenhamento próprio e sacrifício desses democratas que nunca devemos esquecer.
Com as primeiras eleições para os Órgãos Autárquicos em Alpiarça, uma lista de comunistas e outros democratas ganhou as eleições. 
O povo rejubilou de contentamento, mas as responsabilidades dos primeiros autarcas do nosso concelho eram enormes. As expectativas estavam criadas e os primeiros passos para uma democracia viva e participada tinham que ser dados. 
Foi preciso pensar com visão estratégica. 
As necessidades de novas habitações eram clamorosas e urgentes. Essa foi a primeira resposta dada com sucesso através de um programa que pôs de pé centenas de novas casas construídas a custos controlados. 



















 









 A preocupação com os mais necessitados esteve sempre presente nas opções e escolhas da CDU. 
A atenção e o carinho dispensado aos idosos é disso um bom exemplo. As novas instalações do Cantinho do Idoso não existiriam se não fossem os múltiplos apoios prestados pela Câmara CDU. 
A rede de abastecimento público de água precisava urgentemente de ser ampliada. 
Hoje a cobertura é quase a 100%. 
As redes de saneamento tiveram que ser construídas de raiz. 





Um trabalho gigantesco e dispendioso que as ruas, entretanto pavimentadas, não deixa ver. Também no domínio da Educação e Saúde se deram passos gigantescos, o mais recente dos quais foi a construção do novo Centro Escolar. O planeamento, ferramenta fundamental do desenvolvimento, esteve sempre presente. Com visão de futuro foi discutido e aprovado, com a participação de todos, um Plano de Ordenamento do Território e Urbanismo, que definiu, de forma distinta, as diferentes zonas de expansão, crescimento e desenvolvimento do Concelho. 
O Complexo Turístico e Recreativo dos Patudos, com a Casa dos Patudos (quase remodelada), a Barragem, as Piscinas Municipais, o Parque de Campismo (em vias de remodelação), a Reserva Zoológica, há poucos anos rebaptizada é, ainda hoje, a obra mais emblemática usufruída pelos Alpiarcenses e por milhares de cidadãos que nos visitam ou que participam nas actividades desportivas e de lazer que os diferentes equipamentos proporcionam. 
A Zona Industrial e o Recinto da Feira foram e são fundamentais para atrair empresas e criar emprego, para dinamizar a actividade económica do Concelho. 
As feiras, Alpiagra e Feira do Vinho e, mais recentemente, o Festival do Melão são importantes certames de apoio ao comércio, restauração e actividade económica local e regional, que atraem a Alpiarça muitos milhares de forasteiros. 





O novo edifício dos Bombeiros e da “Música” e diversos equipamentos desportivos, de recreio e de cultura foram sendo construídos em todo o Concelho pela mão dos homens e mulheres da APU ou da CDU que dirigiram os destinos de Alpiarça.




 (continua)

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