Começo por vos saudar a todos e agradecer a
vossa presença neste acto público de apresentação dos candidatos da CDU aos
órgãos autárquicos de Alpiarça; saudar especialmente os representantes das
forças políticas que integram a Coligação – a ID, o PEV e o PCP – que, com
muitos independentes, fazem desta CDU uma força muito maior e mais abrangente,
conhecedora dos problemas e das aspirações das populações e portadora das
respostas mais justas e eficazes para os resolver.
Deixo ainda uma saudação muito calorosa ao José
Miguel Carvalho, agradecendo a disponibilidade para mais uma vez nos dar a honra de ser o
Mandatário desta candidatura.
Estamos a iniciar mais um processo eleitoral
que, tal como sempre tem acontecido noutros momentos, irá contribuir para a
mobilização de jovens, mulheres e homens a quem a convicção junta neste
colectivo, e nele procurarão agir no sentido de encontrar as soluções que
conduzam, também ao nível local, à construção de uma sociedade mais progressista
e avançada, num concelho mais desenvolvido e inclusivo.
Integrarão este colectivo não por uma fé cega
na possibilidade de que se resolva tudo o que há para resolver; não por uma
qualquer expectativa messiânica; não por efeito da demagogia nem de promessas
irrealistas.
Virão porque sabem que na CDU encontram gente que
acredita num projecto de sociedade, que procura fazer da coerência uma arma de
transformação social, com capacidade para tornar as autarquias locais um veículo
de construção de um mundo melhor, mesmo num quadro cada vez mais apertado que
cria novos constrangimentos a quem tem propostas que se afastam do modelo
neoliberal dominante; aqui encontram uma prática de trabalho colectivo que tem
como único motivo o interesse comum. Encontram na CDU gente que colocará o seu
saber ao serviço da população que representa. E que trata os outros com
respeito, como iguais, porque iguais o são.
Por isso, os que vierem encontrarão aqui gente
séria e de confiança; que – também cometendo erros – pauta o exercício das suas
funções pelo rigor, pela transparência e pela procura da sustentabilidade das autarquias
que gere, assegurando assim a prestação dos serviços que as novas gerações
merecem e têm direito, sem aventureirismos.
Daqui decorre uma prática de gestão
equilibrada, ambiciosa sempre que tiver de o ser, de forma a não perder
oportunidades de realização que sejam fundamentais, mas respeitadora da
realidade cultural, económica e social em que assenta.
Camaradas e amigos,
do processo de constituição de listas já
iniciado resulta a apresentação hoje destes candidatos. São pessoas que se
integram nos critérios que definimos, com uma experiência de vida
diversificada, atenta à nossa vida colectiva e que nela intervêm activamente;
pessoas que os alpiarcenses conhecem, porque estão aí, na comunidade, na
autarquia, no movimento associativo, servindo os outros, criando condições para
que as nossas crianças e jovens se desenvolvam, para que os nossos idosos
possam fruir o seu tempo com qualidade, para que os munícipes tenham acesso a
serviços fundamentais.
Trabalhar com todos, envolvendo os agentes
económicos, as escolas, os clubes e as colectividades, as instituições de
solidariedade social e de cariz religioso – eis a nossa prática. Temos, em
relação aos nossos adversários, uma grande vantagem: é que nós, em todos os
momentos da nossa intervenção, já demonstrámos que o fazemos muito bem; estamos
em condições de continuar a aperfeiçoar este trabalho de envolvência, de
parceria, com as vantagens que daí decorrem para a vida da nossa comunidade.
Esta capacidade de trabalhar com todos será
certamente a maior vantagem da CDU; vantagem decisiva nos tempos que temos pela
frente.
Trabalharemos em conjunto com os nossos
agricultores – continuando a nossa postura até aqui – de forma a valorizar os
nossos produtos agrícolas de grande qualidade, que produzimos em quantidade, em
terras das melhores do País, promovendo-os no exterior e procurando novos
circuitos de comercialização, apoiando o associativismo e a organização própria,
afirmando Alpiarça como marca de qualidade.
Agiremos, com a nossa população, na defesa dos
serviços públicos de proximidade no concelho, ao nível dos correios, da
segurança social, da presença das repartições públicas e serviços de finanças e
notariado, do reforço de efectivos e das condições de segurança da população, por
exemplo.
Na saúde, com a defesa intransigente da
melhoria das condições de prestação de cuidados de saúde à nossa população, e
que se tem traduzido num investimento muito relevante, suportando directamente
a presença de médicos em Alpiarça, indo muito para além das competências e
responsabilidades da autarquia, porque o que está em causa são as mais
essenciais condições de vida dos alpiarcenses.
Agiremos, com todos os que a essa luta se
quiserem juntar, quer nos órgãos autárquicos quer em qualquer outra instância,
pela defesa do Poder Local democrático saído da Revolução de Abril, marca
fundamental da sociedade mais livre e pluralista defendida ao longo de gerações
por muitos alpiarcenses; Poder Local, que tem sido e deverá continuar a ser um
dos mais importantes factores de progresso do País nestes últimos 38 anos.
Um Poder Local que tão atacado tem sido pelos
sucessivos Governos e pelas forças que os apoiam, pelos que têm sido o braço
armado das políticas que têm procurado enfraquecer, de forma intolerável, a
autonomia e a capacidade de realização das autarquias portuguesas, contra o
interesse das populações.
Estão também por aqui aqueles que com o
seu voto e apoio político efectivo contribuíram para sustentar Governos que têm
conduzido à destruição do aparelho produtivo e que põem em causa a soberania
nacional, que são responsáveis pela intervenção estrangeira através do FMI e da
UE, consequentemente, pelas medidas que conduzem ao desemprego e ao
empobrecimento de muitas centenas de alpiarcenses e de mais de 2 milhões de
portugueses. Alguns vêm agora pedir o voto dos alpiarcenses, tentando evitar
que alguém note e aponte as responsabilidades que têm.
E, camaradas e amigos,
não tenho dúvidas de que é a CDU que garante as
melhores condições para continuar a gerir o Município e a Freguesia de Alpiarça.
Apresentaremos o melhor projecto autárquico para a nossa terra e para a sua
população, sustentado em princípios e em valores muito fortes, claros, justos e
coerentes.
Temos – e digo-o sem arrogância –, temos os
melhores quadros do concelho; quadros já testados pela experiência política
destes anos de gestão municipal, em que enfrentaram o quadro
económico-financeiro mais difícil para o Poder Local num momento extremamente
difícil para o País; beneficiados, pois, pela experiência enriquecedora de
definir e de trilhar um percurso de recuperação, desde uma situação de ruptura
financeira e de completo descrédito, até um Município que se ergue, recupera a
credibilidade e a capacidade de realizar e servir os seus munícipes, em todas
as vertentes: prestando serviços de qualidade; dinamizando a vida cultural,
desportiva e social, resolvendo problemas que se arrastaram durante anos;
pagando a tempo e horas os seus compromissos; tornando-se uma entidade cumpridora
aos olhos dos seus munícipes e do exterior.
Mais – um Município que está em condições de
lançar e realizar obras que serão muito importantes para a regeneração gradual
da imagem urbana do concelho, recuperando e modernizando espaços de vivência
comum, criando riqueza pelo trabalho que lhes está e estará associado de futuro.
Um Município que, sem que se faça grande alarde
do facto, tem assumido o seu papel de apoio social aos mais desfavorecidos e
aos que estão a ser atingidos mais directa e gravosamente pelas políticas de
empobrecimento do País; apoio traduzido numa duplicação da despesa assumida com
os subsídios escolares e outros apoios sociais a crianças e jovens, às famílias
e idosos.
Município que optou claramente, face à redução
de receitas imposta pelo poder central, por aumentar o volume de financiamento
e apoio ao movimento associativo, aos clubes, associações e colectividades,
porque vê neles parceiros fundamentais para alcançar muitos dos objectivos que
são comuns de desenvolvimento social, procurando fortalecer uma rede essencial
de integração e de envolvimento da comunidade, para além de toda a actividade
cultural, desportiva e assistencial que prosseguem diariamente.
Porque mesmo num quadro financeiro
catastrófico, Alpiarça conseguiu ter das mais altas taxas de execução dos
fundos comunitários de entre os municípios da Região, concluindo a construção
de raiz de um novo Centro Escolar e recuperando totalmente o edifício da Casa
dos Patudos – para várias décadas –, dotando-a de nova vida, como elemento
central de uma política de desenvolvimento turístico para o concelho a
articular com outras ofertas de qualidade, ao nível do património ambiental e
gastronómico, de forma a captarmos a atenção do exterior e recebermos mais
visitantes.
Realizámos uma grande
variedade de actividades culturais, desportivas, sociais e de promoção da
imagem do concelho, sempre com a preocupação de conter as despesas, conseguindo
atingir, e muitas vezes superar, os objectivos que tinham sido definidos.
Partindo
da tarefa primordial de recuperação já referida, foram concluídas obras
importantes para o futuro e lançados novos projectos – lutando contra os cortes
nas transferências de verbas e as constantes limitações à autonomia das
autarquias.
Cumprimos
grande parte dos compromissos que estabelecemos com os alpiarcenses; realizámos
iniciativas e obras que não havíamos previsto, procurando aproveitar
oportunidades que entretanto surgiram; deixámos por cumprir alguns objectivos
que tínhamos traçado, como aconteceu em todos os mandatos anteriores e em todos
os municípios, mas que poderemos retomar nos próximos anos.
Estas são verdades que nem boatos anónimos ou
muito menos alguns demagogos que por aí andem poderão apagar; podem tentar diminuí-las,
desgastá-las. Podem dizer que não fizemos nada, mesmo contra todas as
evidências – e é só o que alguns conseguem dizer, camaradas e amigos, iludindo
a realidade, optando por um registo dos mais baixos que é possível ao nível da
discussão política. Mas não alteram a verdade da nossa acção, porque – mesmo
assumindo erros e insuficiências – essa está perante os alpiarcenses.
As próximas semanas e meses exigirão de todos
nós um trabalho ainda mais intenso; exigem que articulemos toda a intervenção
ao nível mais geral de combate à acção deste governo e das suas intenções
contrárias aos interesses do povo português com a preparação das eleições ao
nível local e com as tarefas da gestão das autarquias.
À medida que formos definindo as listas e
intensificando os contactos iremos também preparando os objectivos do nosso
Programa Eleitoral para o próximo mandato – tendo em conta o que é necessário
fazer para prosseguir o desenvolvimento do concelho; as possibilidades de
realização num quadro extremamente incerto de evolução do País e do Poder
Local; as oportunidades que nos poderá abrir o próximo Quadro Comunitário
2014-2020, integrados num projecto estratégico comum de desenvolvimento com os
concelhos vizinhos da Lezíria do Tejo.
Não tenho dúvidas que teremos de continuar a
apostar na educação das nossas crianças e jovens; a reforçar a intervenção
social, no momento em que cada uma das autarquias é cada vez mais chamada a
intervir como almofada das consequências sociais da crise.
Os nossos compromissos com a nossa população
deverão centrar-se muito claramente na promoção dos nossos produtos, no
acompanhamento muito próximo dos agentes económicos e na captação de novas
empresas e investimentos que, respeitando as normas vigentes e o ambiente a
preservar, contribuam para criar emprego e fixar os jovens no concelho. Deverão
apostar numa estratégia de requalificação urbana, pública e privada, da vila e
dos lugares do Casalinho, Frade de Cima, Gouxaria e Frade de Baixo; deverão ter
em conta um projecto de desenvolvimento turístico que potencie a dinamização do
nosso comércio.
Camaradas e amigos, caros convidados,
Estamos hoje aqui para um acto público cujo
principal objectivo é lançar um novo processo, algo que está ainda em
construção, e que exigirá de todos uma participação empenhada e grande
capacidade de mobilização. Estou certo que, em conjunto, iremos reforçar o
capital de simpatia da maioria dos alpiarcenses.
Antes de terminar gostaria de dizer que é para
mim uma grande honra e um enorme motivo de orgulho voltar a ser merecedor da
vossa confiança enquanto candidato a Presidente da Câmara Municipal de
Alpiarça. Tudo farei para corresponder.
Aos alpiarcenses peço que mantenham a confiança
na CDU!
Confiança no trabalho sério e responsável por
gente séria e responsável!
Confiança na preparação do futuro da nossa
terra.
Viva Alpiarça!
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