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domingo, 7 de abril de 2013

Intervenção de Mário Fernando Pereira no acto público da CDU - Alpiarça


Começo por vos saudar a todos e agradecer a vossa presença neste acto público de apresentação dos candidatos da CDU aos órgãos autárquicos de Alpiarça; saudar especialmente os representantes das forças políticas que integram a Coligação – a ID, o PEV e o PCP – que, com muitos independentes, fazem desta CDU uma força muito maior e mais abrangente, conhecedora dos problemas e das aspirações das populações e portadora das respostas mais justas e eficazes para os resolver.

Deixo ainda uma saudação muito calorosa ao José Miguel Carvalho, agradecendo a disponibilidade para mais uma vez nos dar a honra de ser o Mandatário desta candidatura.


Estamos a iniciar mais um processo eleitoral que, tal como sempre tem acontecido noutros momentos, irá contribuir para a mobilização de jovens, mulheres e homens a quem a convicção junta neste colectivo, e nele procurarão agir no sentido de encontrar as soluções que conduzam, também ao nível local, à construção de uma sociedade mais progressista e avançada, num concelho mais desenvolvido e inclusivo.

Integrarão este colectivo não por uma fé cega na possibilidade de que se resolva tudo o que há para resolver; não por uma qualquer expectativa messiânica; não por efeito da demagogia nem de promessas irrealistas.

Virão porque sabem que na CDU encontram gente que acredita num projecto de sociedade, que procura fazer da coerência uma arma de transformação social, com capacidade para tornar as autarquias locais um veículo de construção de um mundo melhor, mesmo num quadro cada vez mais apertado que cria novos constrangimentos a quem tem propostas que se afastam do modelo neoliberal dominante; aqui encontram uma prática de trabalho colectivo que tem como único motivo o interesse comum. Encontram na CDU gente que colocará o seu saber ao serviço da população que representa. E que trata os outros com respeito, como iguais, porque iguais o são.

Por isso, os que vierem encontrarão aqui gente séria e de confiança; que – também cometendo erros – pauta o exercício das suas funções pelo rigor, pela transparência e pela procura da sustentabilidade das autarquias que gere, assegurando assim a prestação dos serviços que as novas gerações merecem e têm direito, sem aventureirismos.

Daqui decorre uma prática de gestão equilibrada, ambiciosa sempre que tiver de o ser, de forma a não perder oportunidades de realização que sejam fundamentais, mas respeitadora da realidade cultural, económica e social em que assenta.

Camaradas e amigos,
do processo de constituição de listas já iniciado resulta a apresentação hoje destes candidatos. São pessoas que se integram nos critérios que definimos, com uma experiência de vida diversificada, atenta à nossa vida colectiva e que nela intervêm activamente; pessoas que os alpiarcenses conhecem, porque estão aí, na comunidade, na autarquia, no movimento associativo, servindo os outros, criando condições para que as nossas crianças e jovens se desenvolvam, para que os nossos idosos possam fruir o seu tempo com qualidade, para que os munícipes tenham acesso a serviços fundamentais.

Trabalhar com todos, envolvendo os agentes económicos, as escolas, os clubes e as colectividades, as instituições de solidariedade social e de cariz religioso – eis a nossa prática. Temos, em relação aos nossos adversários, uma grande vantagem: é que nós, em todos os momentos da nossa intervenção, já demonstrámos que o fazemos muito bem; estamos em condições de continuar a aperfeiçoar este trabalho de envolvência, de parceria, com as vantagens que daí decorrem para a vida da nossa comunidade.

Esta capacidade de trabalhar com todos será certamente a maior vantagem da CDU; vantagem decisiva nos tempos que temos pela frente.
Trabalharemos em conjunto com os nossos agricultores – continuando a nossa postura até aqui – de forma a valorizar os nossos produtos agrícolas de grande qualidade, que produzimos em quantidade, em terras das melhores do País, promovendo-os no exterior e procurando novos circuitos de comercialização, apoiando o associativismo e a organização própria, afirmando Alpiarça como marca de qualidade.

Agiremos, com a nossa população, na defesa dos serviços públicos de proximidade no concelho, ao nível dos correios, da segurança social, da presença das repartições públicas e serviços de finanças e notariado, do reforço de efectivos e das condições de segurança da população, por exemplo.
Na saúde, com a defesa intransigente da melhoria das condições de prestação de cuidados de saúde à nossa população, e que se tem traduzido num investimento muito relevante, suportando directamente a presença de médicos em Alpiarça, indo muito para além das competências e responsabilidades da autarquia, porque o que está em causa são as mais essenciais condições de vida dos alpiarcenses.

Agiremos, com todos os que a essa luta se quiserem juntar, quer nos órgãos autárquicos quer em qualquer outra instância, pela defesa do Poder Local democrático saído da Revolução de Abril, marca fundamental da sociedade mais livre e pluralista defendida ao longo de gerações por muitos alpiarcenses; Poder Local, que tem sido e deverá continuar a ser um dos mais importantes factores de progresso do País nestes últimos 38 anos.
Um Poder Local que tão atacado tem sido pelos sucessivos Governos e pelas forças que os apoiam, pelos que têm sido o braço armado das políticas que têm procurado enfraquecer, de forma intolerável, a autonomia e a capacidade de realização das autarquias portuguesas, contra o interesse das populações.

Estão também por aqui aqueles que com o seu voto e apoio político efectivo contribuíram para sustentar Governos que têm conduzido à destruição do aparelho produtivo e que põem em causa a soberania nacional, que são responsáveis pela intervenção estrangeira através do FMI e da UE, consequentemente, pelas medidas que conduzem ao desemprego e ao empobrecimento de muitas centenas de alpiarcenses e de mais de 2 milhões de portugueses. Alguns vêm agora pedir o voto dos alpiarcenses, tentando evitar que alguém note e aponte as responsabilidades que têm.

E, camaradas e amigos,
não tenho dúvidas de que é a CDU que garante as melhores condições para continuar a gerir o Município e a Freguesia de Alpiarça. Apresentaremos o melhor projecto autárquico para a nossa terra e para a sua população, sustentado em princípios e em valores muito fortes, claros, justos e coerentes.

Temos – e digo-o sem arrogância –, temos os melhores quadros do concelho; quadros já testados pela experiência política destes anos de gestão municipal, em que enfrentaram o quadro económico-financeiro mais difícil para o Poder Local num momento extremamente difícil para o País; beneficiados, pois, pela experiência enriquecedora de definir e de trilhar um percurso de recuperação, desde uma situação de ruptura financeira e de completo descrédito, até um Município que se ergue, recupera a credibilidade e a capacidade de realizar e servir os seus munícipes, em todas as vertentes: prestando serviços de qualidade; dinamizando a vida cultural, desportiva e social, resolvendo problemas que se arrastaram durante anos; pagando a tempo e horas os seus compromissos; tornando-se uma entidade cumpridora aos olhos dos seus munícipes e do exterior.

Mais – um Município que está em condições de lançar e realizar obras que serão muito importantes para a regeneração gradual da imagem urbana do concelho, recuperando e modernizando espaços de vivência comum, criando riqueza pelo trabalho que lhes está e estará associado de futuro.

Um Município que, sem que se faça grande alarde do facto, tem assumido o seu papel de apoio social aos mais desfavorecidos e aos que estão a ser atingidos mais directa e gravosamente pelas políticas de empobrecimento do País; apoio traduzido numa duplicação da despesa assumida com os subsídios escolares e outros apoios sociais a crianças e jovens, às famílias e idosos.

Município que optou claramente, face à redução de receitas imposta pelo poder central, por aumentar o volume de financiamento e apoio ao movimento associativo, aos clubes, associações e colectividades, porque vê neles parceiros fundamentais para alcançar muitos dos objectivos que são comuns de desenvolvimento social, procurando fortalecer uma rede essencial de integração e de envolvimento da comunidade, para além de toda a actividade cultural, desportiva e assistencial que prosseguem diariamente.


Porque mesmo num quadro financeiro catastrófico, Alpiarça conseguiu ter das mais altas taxas de execução dos fundos comunitários de entre os municípios da Região, concluindo a construção de raiz de um novo Centro Escolar e recuperando totalmente o edifício da Casa dos Patudos – para várias décadas –, dotando-a de nova vida, como elemento central de uma política de desenvolvimento turístico para o concelho a articular com outras ofertas de qualidade, ao nível do património ambiental e gastronómico, de forma a captarmos a atenção do exterior e recebermos mais visitantes.

Realizámos uma grande variedade de actividades culturais, desportivas, sociais e de promoção da imagem do concelho, sempre com a preocupação de conter as despesas, conseguindo atingir, e muitas vezes superar, os objectivos que tinham sido definidos.

Partindo da tarefa primordial de recuperação já referida, foram concluídas obras importantes para o futuro e lançados novos projectos – lutando contra os cortes nas transferências de verbas e as constantes limitações à autonomia das autarquias.

Cumprimos grande parte dos compromissos que estabelecemos com os alpiarcenses; realizámos iniciativas e obras que não havíamos previsto, procurando aproveitar oportunidades que entretanto surgiram; deixámos por cumprir alguns objectivos que tínhamos traçado, como aconteceu em todos os mandatos anteriores e em todos os municípios, mas que poderemos retomar nos próximos anos.

Estas são verdades que nem boatos anónimos ou muito menos alguns demagogos que por aí andem poderão apagar; podem tentar diminuí-las, desgastá-las. Podem dizer que não fizemos nada, mesmo contra todas as evidências – e é só o que alguns conseguem dizer, camaradas e amigos, iludindo a realidade, optando por um registo dos mais baixos que é possível ao nível da discussão política. Mas não alteram a verdade da nossa acção, porque – mesmo assumindo erros e insuficiências – essa está perante os alpiarcenses.

As próximas semanas e meses exigirão de todos nós um trabalho ainda mais intenso; exigem que articulemos toda a intervenção ao nível mais geral de combate à acção deste governo e das suas intenções contrárias aos interesses do povo português com a preparação das eleições ao nível local e com as tarefas da gestão das autarquias.

À medida que formos definindo as listas e intensificando os contactos iremos também preparando os objectivos do nosso Programa Eleitoral para o próximo mandato – tendo em conta o que é necessário fazer para prosseguir o desenvolvimento do concelho; as possibilidades de realização num quadro extremamente incerto de evolução do País e do Poder Local; as oportunidades que nos poderá abrir o próximo Quadro Comunitário 2014-2020, integrados num projecto estratégico comum de desenvolvimento com os concelhos vizinhos da Lezíria do Tejo.

Não tenho dúvidas que teremos de continuar a apostar na educação das nossas crianças e jovens; a reforçar a intervenção social, no momento em que cada uma das autarquias é cada vez mais chamada a intervir como almofada das consequências sociais da crise.
Os nossos compromissos com a nossa população deverão centrar-se muito claramente na promoção dos nossos produtos, no acompanhamento muito próximo dos agentes económicos e na captação de novas empresas e investimentos que, respeitando as normas vigentes e o ambiente a preservar, contribuam para criar emprego e fixar os jovens no concelho. Deverão apostar numa estratégia de requalificação urbana, pública e privada, da vila e dos lugares do Casalinho, Frade de Cima, Gouxaria e Frade de Baixo; deverão ter em conta um projecto de desenvolvimento turístico que potencie a dinamização do nosso comércio.

Camaradas e amigos, caros convidados,
Estamos hoje aqui para um acto público cujo principal objectivo é lançar um novo processo, algo que está ainda em construção, e que exigirá de todos uma participação empenhada e grande capacidade de mobilização. Estou certo que, em conjunto, iremos reforçar o capital de simpatia da maioria dos alpiarcenses.

Antes de terminar gostaria de dizer que é para mim uma grande honra e um enorme motivo de orgulho voltar a ser merecedor da vossa confiança enquanto candidato a Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça. Tudo farei para corresponder.

Aos alpiarcenses peço que mantenham a confiança na CDU!
Confiança no trabalho sério e responsável por gente séria e responsável!
Confiança na preparação do futuro da nossa terra.

Viva Alpiarça!


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