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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Entrevista a Mário Fernando Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça

   No decorrer destes dois anos de mandato, a CDU na Câmara conseguiu dar andamento a obras de vulto no concelho – cerca de 3 milhões de euros na requalificação global da Casa dos Patudos e na construção do novo Centro Escolar – tendo em conta a situação de desequilíbrio financeiro estrutural do Município, agravada pelos sucessivos cortes nas transferências das verbas do Estado para as autarquias; no caso de Alpiarça, os cortes atingem quase meio milhão de euros, que tanta falta fazem. Essas obras, cujos projectos foram lançados no final do anterior mandato, mas que foram executadas física e financeiramente sob a responsabilidade deste novo executivo CDU, ascendem a quase 3 milhões de euros. 
    De forma a dar continuidade a este trabalho, que projectos tem a Câmara Municipal em carteira para poder beneficiar de apoios comunitários?


" Foi muito positivo termos conseguido concluir estas importantes obras para o futuro, cumprindo atempadamente os compromissos com os empreiteiros, sem nunca pôr em causa o pagamento dos salários aos trabalhadores da autarquia, dilema que chegámos a temer vir a colocar-se caso não víssemos aprovado o plano de saneamento financeiro.
Quanto aos projectos para os próximos anos: a Câmara aprovou recentemente alguns concursos, que estão assim já lançados, e tem outros ainda em carteira, em fase de preparação. Iremos apostar numa área primordial da intervenção da autarquia – a regeneração urbana – indo ao encontro de uma necessidade elementar identificada de consolidação de áreas fulcrais do nosso tecido urbano, neste momento em fase de degradação, regenerando-o, dando-lhe uma maior qualidade, quer ao nível puramente estético e da consequente afectação ao usufruto colectivo dos espaços quer quanto à capacidade de poder criar novos elementos que surgem associados a novas situações de centralidade.
Lançámos este mês concursos de empreitada para os arranjos exteriores da área envolvente ao edifício dos Paços do Concelho, para a qualificação ambiental e arruamentos no Frade de Cima e da 2ª fase da empreitada da intervenção global na Casa dos Patudos, arranjos exteriores, projecto já aprovado e que foi reformulado. Temos ainda a decorrer candidaturas à aquisição de viaturas para o corpo de Bombeiros Municipais. Estamos a prever lançar em breve os concursos para a qualificação da zona desportiva e ambiental do Casalinho e do Frade de Cima. Depois, há algumas intervenções por administração directa que estamos a realizar no Parque do Carril, na área envolvente às Piscinas e em redor da Barragem que têm significado ao nível financeiro e do empenho de meios da autarquia. Esperamos ter condições para colocar asfalto em algumas ruas do concelho.
Paralelamente, estamos a preparar outros projectos de candidaturas, para uma outra fase, que passam pelas propostas de reabilitação do Mercado municipal e de áreas no centro da vila, do antigo edifício da Câmara, da expansão do Jardim Municipal e dos balneários do estádio.
Estamos também a trabalhar num projecto de desenvolvimento turístico para o Alto do Castelo/Barragem, que aponta para a possibilidade de criação de um parque temático, que iremos apresentar e pôr à discussão pública, antes de ser tomada uma decisão definitiva.
Como se compreenderá, estes projectos estarão sempre condicionados pela evolução das disponibilidades financeiras próprias e das verbas do QREN, esperando eu que este cenário que apresento aqui não seja prejudicado por novos cortes nas transferências do Estado para as autarquias, nem por outras dificuldades burocráticas à acção e à autonomia do poder local que se estão a preparar. É, portanto, necessária uma abordagem séria e realista a estes assuntos; uma abordagem que, mantendo uma expectativa positiva quanto às possibilidades, não iluda uma realidade que se traduz em tempos difíceis para os portugueses e que afectará também a capacidade de realização das autarquias. "


     Depois da conclusão da primeira fase da obra de recuperação global da Casa dos Patudos, podes fazer um ponto da situação quanto à segunda fase?

" A primeira fase, ou seja, as obras de recuperação do edifício principal – num valor de 1.200.000 euros –, fundamentais para a salvaguarda deste riquíssimo património de Alpiarça e do país por várias décadas, foram concluídas em Outubro.


Como referi atrás, tivemos de reformular a candidatura no que respeita aos arranjos exteriores, toda a envolvente ao edifício, que será dotada de um terreiro amplo, de novos elementos de acesso, de espaços ajardinados e arborizados e de um edifício polivalente a partir da reconstrução das antigas cavalariças, tudo num valor global de cerca de 1.300.000 euros. Assim que tivermos a aprovação da reformulação da candidatura pelas entidades que gerem os fundos comunitários, lançaremos o concurso para a empreitada, que irá dotar o nosso concelho de um novo espaço de grande qualidade, à disposição de todos os que dele quiserem usufruir, locais e visitantes. "

CONTINUA

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