No decorrer
destes dois anos de mandato, a CDU na Câmara conseguiu dar andamento a obras de
vulto no concelho – cerca de 3 milhões de euros na requalificação global da
Casa dos Patudos e na construção do novo Centro Escolar – tendo em conta a
situação de desequilíbrio financeiro estrutural do Município, agravada pelos
sucessivos cortes nas transferências das verbas do Estado para as autarquias;
no caso de Alpiarça, os cortes atingem quase meio milhão de euros, que tanta
falta fazem. Essas obras, cujos projectos foram lançados no final do anterior
mandato, mas que foram executadas física e financeiramente sob a
responsabilidade deste novo executivo CDU, ascendem a quase 3 milhões de euros.
De forma a dar continuidade a este trabalho, que projectos tem a Câmara
Municipal em carteira para poder beneficiar de apoios comunitários?
" Foi muito positivo termos conseguido concluir estas
importantes obras para o futuro, cumprindo atempadamente os compromissos com os
empreiteiros, sem nunca pôr em causa o pagamento dos salários aos trabalhadores
da autarquia, dilema que chegámos a temer vir a colocar-se caso não víssemos
aprovado o plano de saneamento financeiro.
Quanto aos projectos para os próximos anos: a Câmara
aprovou recentemente alguns concursos, que estão assim já lançados, e tem
outros ainda em carteira, em fase de preparação. Iremos apostar numa área
primordial da intervenção da autarquia – a regeneração urbana – indo ao
encontro de uma necessidade elementar identificada de consolidação de áreas
fulcrais do nosso tecido urbano, neste momento em fase de degradação,
regenerando-o, dando-lhe uma maior qualidade, quer ao nível puramente estético
e da consequente afectação ao usufruto colectivo dos espaços quer quanto à
capacidade de poder criar novos elementos que surgem associados a novas
situações de centralidade.
Lançámos este mês concursos de empreitada para os arranjos
exteriores da área envolvente ao edifício dos Paços do Concelho, para a
qualificação ambiental e arruamentos no Frade de Cima e da 2ª fase da
empreitada da intervenção global na Casa dos Patudos, arranjos exteriores,
projecto já aprovado e que foi reformulado. Temos ainda a decorrer candidaturas
à aquisição de viaturas para o corpo de Bombeiros Municipais. Estamos a prever
lançar em breve os concursos para a qualificação da zona desportiva e ambiental
do Casalinho e do Frade de Cima. Depois, há algumas intervenções por
administração directa que estamos a realizar no Parque do Carril, na área
envolvente às Piscinas e em redor da Barragem que têm significado ao nível
financeiro e do empenho de meios da autarquia. Esperamos ter condições para
colocar asfalto em algumas ruas do concelho.
Paralelamente, estamos a preparar outros projectos de
candidaturas, para uma outra fase, que passam pelas propostas de reabilitação
do Mercado municipal e de áreas no centro da vila, do antigo edifício da
Câmara, da expansão do Jardim Municipal e dos balneários do estádio.
Estamos também a trabalhar num projecto de desenvolvimento
turístico para o Alto do Castelo/Barragem, que aponta para a possibilidade de
criação de um parque temático, que iremos apresentar e pôr à discussão pública,
antes de ser tomada uma decisão definitiva.
Como se compreenderá, estes projectos estarão sempre
condicionados pela evolução das disponibilidades financeiras próprias e das
verbas do QREN, esperando eu que este cenário que apresento aqui não seja
prejudicado por novos cortes nas transferências do Estado para as autarquias,
nem por outras dificuldades burocráticas à acção e à autonomia do poder local
que se estão a preparar. É, portanto, necessária uma abordagem séria e realista
a estes assuntos; uma abordagem que, mantendo uma expectativa positiva quanto
às possibilidades, não iluda uma realidade que se traduz em tempos difíceis
para os portugueses e que afectará também a capacidade de realização das
autarquias. "
Depois da
conclusão da primeira fase da obra de recuperação global da Casa dos Patudos,
podes fazer um ponto da situação quanto à segunda fase?
" A primeira fase, ou seja, as obras de recuperação do
edifício principal – num valor de 1.200.000 euros –, fundamentais para a
salvaguarda deste riquíssimo património de Alpiarça e do país por várias
décadas, foram concluídas em Outubro.
Como referi atrás, tivemos de reformular a candidatura no
que respeita aos arranjos exteriores, toda a envolvente ao edifício, que será
dotada de um terreiro amplo, de novos elementos de acesso, de espaços
ajardinados e arborizados e de um edifício polivalente a partir da reconstrução
das antigas cavalariças, tudo num valor global de cerca de 1.300.000 euros.
Assim que tivermos a aprovação da reformulação da candidatura pelas entidades
que gerem os fundos comunitários, lançaremos o concurso para a empreitada, que
irá dotar o nosso concelho de um novo espaço de grande qualidade, à disposição
de todos os que dele quiserem usufruir, locais e visitantes. "
CONTINUA
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