APRESENTAÇÃO DOS
CANDIDATOS CDU - ALPIARÇA AUTÁRQUICAS 2013
Largo
dos Águias, 12 de Julho de 2013
Camaradas
e amigos,
Caros
convidados,
Alpiarcenses,
Quero, em nome deste colectivo CDU, saudar e
agradecer a vossa presença em mais esta jornada e o vosso apoio a esta candidatura.
Quero também saudar e agradecer o apoio de
muitos que sei que gostariam de poder estar hoje aqui connosco, mas que, por
qualquer razão, não o puderam fazer, e que estão de corpo e alma com este
projecto.
Saúdo também, e muito especialmente, todos os
que, das mais variadas formas, têm contribuído para a concretização das
diversas iniciativas de campanha: na preparação das condições necessárias às
realizações; na preparação dos materiais de propaganda; na organização dos
processos administrativos e nos inúmeros contactos já realizados; ou no
porta-a-porta, com grande participação – animada, alegre e empenhada.
A vossa presença, o vosso trabalho, o vosso
comprometimento e apoio são aspectos determinantes para a VITÓRIA DA CDU EM
ALPIARÇA nas próximas eleições autárquicas de 29 de Setembro.
Encher, uma vez mais, este Largo dos Águias é
um sinal inequívoco da FORÇA desta candidatura e da nossa identificação com a
população do concelho, razão de ser essencial do nosso trabalho na procura das
condições que permitam uma vida melhor a todos, numa sociedade mais justa e
solidária.
Encher este Largo é também a garantia de que
este espaço no coração da nossa terra não é pertença de ninguém em particular:
nem pertença de um qualquer grupo, que dele se queira apropriar por exclusão de
outros. ESTA PRAÇA É, SIM, DE TODOS, É DO POVO DE ALPIARÇA, desse povo que nós
– e maioritariamente – representamos com muito orgulho.
Permitam-me que comece esta intervenção por
afirmar algo que é para mim muito importante; algo que é fundamental para todos
os candidatos e apoiantes da CDU: nós, aqui, e AO CONTRÁRIO DE OUTROS, NÃO
ESCONDEMOS E MUITO MENOS NOS ENVERGONHAMOS DO VERDADEIRO ROSTO DA NOSSA
CANDIDATURA.
Somos candidatos e apoiantes da CDU.
Representamos o Partido Comunista Português, o Partido Ecologista “Os Verdes” e
a Intervenção Democrática.
Assumimos a sua história e o riquíssimo
património de luta pela liberdade e pela democracia, e as suas propostas que
apontam para uma democracia avançada e plena; assumimos a profunda ligação que
têm à história do povo de Alpiarça na resistência ao fascismo, marcada pela
abnegação na luta pela dignidade e pela conquista de importantes direitos
políticos, económicos e sociais, mas também pela construção da democracia e do
Poder Local.
Fazemos parte de uma coligação constituída
por muitos cidadãos INDEPENDENTES, pessoas que não sendo filiadas em partidos,
se revêem no projecto autárquico da CDU, nas propostas e na acção dos seus
eleitos na Freguesia e no Município de Alpiarça.
Somos homens, mulheres e jovens – muitos
jovens – que, assumindo com clareza e com orgulho quem verdadeiramente somos e
o que queremos, ESTAMOS AQUI POR ALPIARÇA; e enquanto cidadãos portugueses, que
nunca deixaremos de ser, empenhamo-nos na criação de um País mais desenvolvido
e muito mais justo na repartição da riqueza produzida.
Por isso, ao invés de outros, nós não
consideramos ser indiferente o Partido, a força política pela qual nos
candidatamos.
As pessoas interessam, de facto; e muito. E
quanto a isso não temos a mínima dúvida ou preocupação, porque escolhemos as
pessoas certas: pessoas sérias, com princípios, envolvidas na comunidade, com
conhecimento das suas gentes, com capacidade para trabalhar por um futuro
melhor para a sua terra, para os seus filhos e netos.
Caros alpiarcenses,
Os Partidos, as forças políticas pelas quais
as pessoas concorrem não são todos iguais; e por isso não é indiferente
votar-se na CDU, no PS, no PSD ou no MPT.
Estou certo que não o será para a grande
maioria do povo de Alpiarça. A 29 de Setembro, também nas autárquicas,
continuará a dar o seu contributo para a derrota das políticas de direita que
têm destruído e empobrecido os portugueses, votando na CDU, nos seus
candidatos, para que defendam o interesse das nossas autarquias e mantenham o
justo caminho de rigor e seriedade na gestão do interesse público.
Para além do importante significado local de
tudo o que está em jogo nas próximas eleições autárquicas, deverá ter também
forte expressão a justa indignação dos cidadãos, em cada um dos concelhos,
causada por opções politicas de governos que geraram o desemprego, cortes nos
salários, nas reformas, cortes nos rendimentos, o aumento até ao insuportável
da carga fiscal sobre as pequenas empresas e as famílias, e que pretendem
destruir serviços públicos essenciais, contra a própria Constituição.
Se os tempos que vivemos são extremamente
difíceis, o horizonte temporal de 4 anos que corresponde ao próximo mandato
autárquico não apresenta perspectivas muito animadoras, a não ser que seja
derrotada a política de direita que marca os últimos governos e seja
substituída por uma política de esquerda, colocada ao serviço das populações.
A perspectiva de uma nova Lei das Finanças
Locais coloca sobre as autarquias o efectivo risco de asfixia financeira e de
novas limitações à autonomia do Poder Local democrático – do Poder Local que
conhecemos, e que, na sequência da Revolução de Abril, e com a participação
empenhada de muitos milhares de portugueses e de centenas de alpiarcenses,
tanto contribuiu para o desenvolvimento dos concelhos e das diversas regiões.
Assim, é neste contexto e com estas
perspectivas presentes que estamos a construir o nosso Programa Eleitoral; nele
daremos continuidade a projectos e propostas que não pudemos concluir,
sobretudo pela alteração das regras do jogo, por parte dos 2 últimos Governos,
que criaram enormes dificuldades às autarquias e impuseram um quadro de grande
indefinição. Também por essa razão é justo que a população nos dê mais 4 anos
para concluirmos projectos de reconhecido interesse.
O nosso Programa obrigará aos maiores
cuidados, ao necessário equilíbrio entre o muito que será sugerido para se
fazer, dando corpo às aspirações da população, e o que a realidade, com todos
os seus constrangimentos, deverá permitir que seja feito nos próximos 4 anos. É
esse o difícil exercício que a CDU se compromete a fazer, não iludindo os
eleitores.
Os nossos adversários políticos – o PS e este
estranho PSD, aparentemente tomado de assalto – pouco ou nada se preocuparão
com a realidade; aliás, para quê falar da realidade, das dificuldades, da
crise, das dívidas, se são coisas que só servem para atrapalhar o discurso
empreendedor e optimista? Irão certamente oferecer o melhor dos mundos, servido
por miraculosos investimentos; será, para eles, tudo fácil de fazer e de
resolver: mais Alpiarça; investimentos intermináveis – que já estão garantidos
até, mas é segredo, só revelado aos que são convidados para as listas e para
ocupar os futuros cargos dirigentes das inúmeras empresas a instalar; emprego
para todos – e em primeiro lugar para os que forem mais lestos a dizerem-se
apoiantes; mais educação; mais desporto; mais festas; mais liberdade – mais
tudo, e mais alguma coisa, para sintetizar. É a demagogia e o discurso
populista à solta, no seu melhor e em doses nunca por cá vistas. Nós não
poderemos seguir esta linha demagógica, de puro ilusionismo.
NÓS VAMOS CONTINUAR NUMA LINHA DE INTERVENÇÃO
REALISTA, RIGOROSA, que não poderá deixar de ter como objectivo central a
recuperação das finanças municipais e da credibilidade perante os outros.
E deveremos fazê-lo porque é a única forma de
assegurarmos a capacidade de prestar os serviços que a nossa população merece;
porque é o único caminho para a sobrevivência do nosso Concelho enquanto
entidade autónoma, com capacidade para continuar a desenhar o seu processo de
desenvolvimento equilibrado e sustentado, enfrentando tempos que se
perspectivam como muito difíceis.
O executivo CDU baixou a dívida global em 1
milhão e 300 mil euros, enquanto que os anteriores do PS endividaram a Câmara
ao ritmo de 1 milhão de euros por ano.
A Câmara de Alpiarça, com o executivo CDU,
pagou todas as dívidas aos seus fornecedores; honrou compromissos;
restabeleceu-se como entidade credível, apoiando assim a actividade económica
local e regional, contribuindo para a sustentabilidade de muitas pequenas
empresas e a manutenção de postos de trabalho.
Hoje, a Câmara Municipal de Alpiarça não tem
dívidas a mais de 90 dias. Paga aos seus fornecedores num prazo médio de 36
dias, uma das mais rápidas a pagar.
E qual seria a situação do Município se este
rumo não tivesse sido por nós seguido? Como teria garantido a qualidade do
serviço, a todos os níveis das suas competências, que tem conseguido
proporcionar à sua população? Como teria assegurado a limpeza urbana, as
inúmeras obras de proximidade, de resolução de problemas com vários anos ou de
sempre, a dinamização cultural, desportiva e de lazer, ou o aumento do apoio
financeiro e logístico ao nosso movimento associativo, ou a promoção da
economia local e da cultura através das feiras? Como teria sido possível o
investimento realizado na educação das nossas crianças e jovens ou na resposta
social às famílias no acompanhamento para além dos períodos escolares? Como
teria sido possível realizarmos as importantes obras da construção do novo
Centro Escolar, da requalificação global da Casa dos Patudos e da construção da
nova Praça do Município?
Como teria sido possível descer o IMI para
taxa mínima? (E já que falamos de IMI, permitam-me, que faça aqui um breve
parêntesis para garantir aos alpiarcenses que, comigo como Presidente e com uma
maioria CDU, o IMI será mantido na taxa mínima nos próximos 4 anos).
Camaradas e amigos, caros alpiarcenses,
Por tudo isto, manter o rumo certo implica
construir um Programa que, tendo por base o projecto autárquico da CDU, tenha
como referências mais imediatas as oportunidades que se deverão abrir com o
próximo Quadro Comunitário 2014-2020, assim como as linhas estratégicas para o
desenvolvimento da região que estão a ser definidas pelos municípios da Lezíria
do Tejo, numa abordagem comum e integrada.
O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL e a CAPTAÇÃO
DE INVESTIMENTO que dinamize a nossa capacidade de produzir e de criar postos
de trabalho – não sendo exclusivo da acção das autarquias – deve ser uma
prioridade; procurando fixar a população; captando novos residentes;
diversificando as fontes geradoras de emprego. É necessário intervir na Zona
Industrial, expandindo-a, tornando-a mais atractiva.
Julgamos ser essencial intensificar o apoio à
promoção e à divulgação dos nossos produtos agrícolas e agro-industriais;
apostando na “MARCA” ALPIARÇA, como factor de identidade e de valor; auxiliando
os agricultores e comerciantes locais na árdua luta com a grande distribuição.
Os próximos anos exigem a concretização do
nosso Plano de Dinamização Turística, implantando uma estratégia articulada de
investimento e rentabilização do potencial turístico, cultural e ambiental do concelho.
A REQUALIFICAÇÃO DAS ÁREAS URBANAS E DO
EDIFICADO concelhio deverá ser um outro nível a privilegiar, seguindo a
estratégia que está a ser definida no âmbito da SRU,LT; implica investimento
público e também a capacidade de mobilizar os proprietários, que poderão
aproveitar as vantagens fiscais concedidas e financiamentos externos. Neste
contexto, iremos procurar APRESENTAR CANDIDATURAS PARA REGENERAR ÁREAS URBANAS do
Frade de Cima, Casalinho, Frade de Baixo, bem como, na vila, recuperar o antigo
edifício da Câmara, o Mercado, a zona envolvente à Igreja e ampliar o Jardim
Municipal.
Continuaremos a apostar na EDUCAÇÃO e na
fruição cultural das nossas crianças e jovens – o mais valioso capital para o
futuro; e a apoiar a dinamização desportiva e cultural da comunidade, através
do nosso MOVIMENTO ASSOCIATIVO.
Torna-se premente a afectação de meios mais
significativos para as áreas do apoio e ACÇÃO SOCIAL; áreas em que a autarquia
é cada vez mais chamada a intervir para reduzir as consequências sociais de
políticas governativas, a que é alheia – a recente aprovação do CLDS para o
concelho é uma oportunidade, nesta matéria e terá de ser complementada com
outras respostas públicas.
Estas linhas orientadoras, ainda muito
gerais, serão discutidas com os agentes económicos, culturais e desportivos,
abrindo-as às propostas e às ideias da comunidade.
Aos nossos compromissos não será alheia a DEFESA
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS e a recusa de privatização de serviços e competências
municipais; não será alheia o incentivo à participação, à VALORIZAÇÃO DOS
TRABALHADORES da autarquia, garantindo os seus direitos. Nos nossos
compromissos está a isenção e a entrega ao interesse público e a recusa de
quaisquer vantagens pessoais pelo exercício dos cargos.
Caros munícipes,
Antes de terminar, gostaria de voltar às
listas que estamos hoje a apresentar publicamente, após um longo processo de
contactos, auscultações e de discussão democrática interna; voltar às listas
para falar das pessoas que as compõem; para dizer que a CDU está muito bem
representada por estes candidatos; que a CDU apresenta equipas com todas as
condições para desenvolver um excelente trabalho de defesa dos interesses das
populações do Casalinho, do Frade de Cima, da Gouxaria, do Frade de Baixo e de
Alpiarça, durante o mandato que se segue às eleições de 29 de Setembro.
Os nossos candidatos são GENTE SÉRIA, HONESTA
E TRABALHADORA, que GOSTA DA SUA TERRA e a quer ver respeitada, no caminho do
progresso social.
Estamos no RUMO CERTO, com CONFIANÇA num caminho
que deve ser prosseguido.
Será com grande honra e sentido de
responsabilidade que trilharei esse caminho de mais 4 anos convosco, com este
colectivo, com toda a nossa população.
Porque estamos do LADO CERTO DA POLÍTICA.
Estamos do LADO SÉRIO DA VIDA.
Estamos aqui, todos, por ALPIARÇA, pela
democracia local e pelo nosso País!
Viva a CDU!
Viva Alpiarça!
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